Conversa de Botequim
Roberto J. Sousa.
o papo_____________________________________________
Nádegas. Absolutamente nádegas. O brasil embundeceu. É o que mais dá. Na TV, na capa de revista, no sonho e na cabeça do brasileiro. O Brasil ficou com cara de bunda. Se você perguntar pra ele por quê, ele vai levantar os ombros e as mãos, num gesto de não sei, e falar: Prrrrff !!! Parece que a bunda virou pra frente. Aquela bunda primeiro eu. Aparece uma mulher na telinha. De cara, ela mostra uma bunda rebolativa. Sinal de sucesso. De inteligência. Banho de cultura. Minha geração também tinha suas musas. Cada mulherão! Mas mulher mesmo. Não só no corpo. As cabeças pensavam. Tinha um amigo meu que só saía com uma mulher depois de umas quatro horas de papo. Era o vestibular da cama. Se levasse pau, não levava pau. Muda, ele nem chegava. A mulher tem que sair dessa de vender imagem de objeto. Senão o homem pega, usa e vai embora. E não é por aí. Pera aí, isto não é regra !!! Tem pelo menos umas oito que fogem dela. Não sei. Na minha época, a gente tinha nos meios de comunicação, um amparo intelectual que era tão badalado quanto as bundas. O Brasil desculturou. Não é papo de que na minha época era melhor. Basta ver. As Tvs por assinatura arrastaram uma parte da população que ainda é sedenta de cultura e de lazer mais inteligente. Por isso, os canais normais tiveram que baixar o nível. Quanto mais baixo, mais ibope. Vocês já notaram que os apresentadores de programas falam como se o telespectador fosse um idiota? Tudo explicadinho, erradinho, imbecilzinho. Programa de auditório merecia uma auditoria. E tome sertanejo. E tome pagode. E tome bunda. Programa melhor ? Depois da meia noite. A cambada já foi dormir. Mas voltando a mulher. A mulher tem que ser sensual, sem ser vulgar. Inteligente (apesar disso não ser muito feminino. Não resistir em falar essa. Desculpem-me as mulheres). Bonita, mesmo sendo feia. Intelectual, sem ser pedante. Amiga. Interessante, insinuante, sem ser do tcham. E principalmente, ter uma linda bundinha.
a bebida___________________________________________
O Salles e o Baptistinha costumam ficar de mal. Volta e meia estão as turras. Politicamente divergentes. Torcedores divergentes. Bebidamente divergentes. De ver gente irritada, gostam. É a única coisa em comum. E falam um do outro e o outro do um. Dia desses, Baptistinha pegou o Salles de jeito e deu a maior decisão:
"- Ô Salles, o negócio é o seguinte: você para de falar mentiras sobre mim que eu paro de falar verdades sobre você !"
o tira-gosto________________________________________
"Cortei a bebida e a comida gordurosa. Em duas semanas, perdi 14 dias."
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