Em busca de uma lista de elogios percorri extensa bibliografia e mesmo assim não achei todos que queria.
Poderia, em voz poética, começar falando que teus sentimentos são pura poesia, e teus sofrimentos, melancolia. Ou, fazendo vista grossa para minha vergonha desvairada, dizer ainda que teus pelos são relva boa, fresca e macia. E teus braços são como cisnes mansos longe das vozes da ventania.
Neste ponto a coisa começa a ficar mais bucólica, sendo assim arrisco comparar teu riso ao canto célebre da primavera, primavera que surge do perfume preso em seus cabelos e evanesce. Ou mesmo, notar que o sol sobre seu belo rosto soberano espalha a mais pura claridade, eterna dançarina do efêmero.
Parafraseando melodia, como o poetinha já dizia, tu és feita de música, luar e sentimento e que a vida não te quer de tão perfeita. Uma mulher que é como a própria lua: Tão linda que só espalha sofrimento, tão cheia de pudor que vive nua.
Se te acho linda? Claro que sim, em ti bendigo a beleza das coisas simples. Seu próprio nome é uma carícia disfarçada. E, cultivando sua imagem de outrora, sem demora ouso até citar cartola: teus olhos têm a cor do firmamento, em mim eles foram a aurora!
Com seu sorriso e suas tramas você não vem, surge, misteriosa e portadora de si mesma e ao invés de “ir embora”, parte, com toda graça que de mulher que lhe impregna. Seu toque é como um fundo veludo que se traduz em uma fina firme forma feminina, e quando reluzes de alegria, penso até que debaixo da sua pele vive a lua.
Como disse no início, não achei todos os elogios que queria, e reconheço que tal tarefa seria impossível visto que a lista se tornaria interminável, pois as palavras brilham em sua graça inesgotável. Desta maneira, fico feliz apenas em despertar-lhe certa alegria, para que sorria seu sorriso que é tosse de ternura.
Obs.: o texto foi construído em cima de citações das obras de Vinicius de Moraes, Pablo Neruda, Cartola e Carlos Drummond deAndrade.
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