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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Poema para as árvores da minha rua





O solo sobre o qual cresciam,
era delas e agradeciam
cerrando e tecendo a ramagem

para deixar, no fim da tarde,
cair suas folhas
e descansar da inclemência
de um sol covarde,

pela manhã se espreguiçavam
seguras ao levar ama vida
de árvore de rua da cidade.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Se naquela época houvesse merchandising...

_ Tomai e comei. Isso é o meu corpo. E isto é o meu sangue, que será derramado. Bebei. Já isto aqui é o milagroso Hepatovis Bl2, o adeus à má digestão, amém.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Coisas deleitáveis

Seguindo o conselho de Paulo Mendes Campos, resolvi tomar parte de um divertido exercício literário e escrever minha própria lista de coisas deleitáveis (confesso que as coisas abomináveis me tomariam muito mais tempo).

Terminar de ler um livro; andar descalço na grama úmida, comer amora no pé e sair cuspindo vermelho; fisgar peixe grande; conversar com dono de butiquim simpático; encontrar velho amigo com boa memória; cigarro à noitinha na varanda, quando bate uma brisa leve; céu estrelado de interior; poema de Vinicius de Moraes; Pablo Neruda em madrugada de melancolia; violão bem tocado; piano bem tocado; conhecer gente que conheceu quem você admira; conversa inesperada com desconhecido durante o almoço; passarinho quando pousa perto da gente; tarde em Leopoldina na casa do Sr. Roberto; escrever texto a dois (Night!); criança brincando em parquinho; água de côco gelada em dia de ressaca; “sombra de árvore”; taxista bom de papo; “ganhar uísque de presente”; disco de vinil bem conservado; comer com fome; “dormir cansado”; acertar tiro ao alvo de primeira; “batucada bem batida”; batida bem batucada; samba bem dançado; carnaval com marchinha, confete e serpentina; “rasgar papéis inúteis”; “andar de bailarina’; sorriso de moça bonita; “aroma de madeira”; terminar tarefa importante, em cima do prazo; comer algodão doce depois de velho; 1º de Janeiro; Fevereiro; feijão novinho; choro de Pixinguinha; cochilo no sofá ao som de uma musiquinha bem baixinha; soprar dente de leão; passar a tarde em Santa Tereza, em um dia de primavera; comer caranguejo; observar quadro do Hooper pela primeira vez, principalmente Nighthawks; uísque on the rocks; mesa farta; pão quentinho com manteiga fresca; fazer amizade com pessoas com o triplo da sua idade; ler, deitado no sofá, em da de chuva fina; sentir cheiro de chuva; conto de Aldir Blanc; conto do Roberto, aquele mesmo de Leopoldina; sino de igreja; ganhar fruta fresca na feira; sotaque de Porto Alegre; rir de besteira; inventar personagens para conversar com sigo mesmo; dinheiro achado no chão; ganhar dedicatória em livro; chinelo havaiana em dia de semana, de tarde; descobrir um butiquim novo em que o dono é o maior barato; comprar instrumento musical; galinha caipira no fogão de lenha; aprender que a faca de pão é o melhor instrumento pra se descascar abacaxi; coceira de bicho de pé; cheiro de café quando se acorda; fotografia dos familiares quando jovens; ducha quente de hotel chique; brincar de cozinhar; a primeira poesia; Manuel Antônio de Almeida aos 14; Jorge Amado aos 16; Cartola aos 18; O Pasquim aos 20; solo de trompete; descobrir pessoa com voz bonita; feijoada no aniversário; cachacinha especial no dia da feijoada pra compartilhar com o amigo que chegar mais cedo; ver o Tio Maurício bebendo cerveja; relembrar amor antigo; terminar de escrever um texto; “escrever a própria lista de coisas deleitáveis”.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

23 elogios

Esse texto foi escrito em homenagem à pessoa que rompe com a melancolia de minhas tardes e faz surgir um sorriso novo a cada pensamento.

Em busca de uma lista de elogios percorri extensa bibliografia e mesmo assim não achei todos que queria.

Poderia, em voz poética, começar falando que teus sentimentos são pura poesia, e teus sofrimentos, melancolia. Ou, fazendo vista grossa para minha vergonha desvairada, dizer ainda que teus pelos são relva boa, fresca e macia. E teus braços são como cisnes mansos longe das vozes da ventania.

Neste ponto a coisa começa a ficar mais bucólica, sendo assim arrisco comparar teu riso ao canto célebre da primavera, primavera que surge do perfume preso em seus cabelos e evanesce. Ou mesmo, notar que o sol sobre seu belo rosto soberano espalha a mais pura claridade, eterna dançarina do efêmero.

Parafraseando melodia, como o poetinha já dizia, tu és feita de música, luar e sentimento e que a vida não te quer de tão perfeita. Uma mulher que é como a própria lua: Tão linda que só espalha sofrimento, tão cheia de pudor que vive nua.

Se te acho linda? Claro que sim, em ti bendigo a beleza das coisas simples. Seu próprio nome é uma carícia disfarçada. E, cultivando sua imagem de outrora, sem demora ouso até citar cartola: teus olhos têm a cor do firmamento, em mim eles foram a aurora!

Com seu sorriso e suas tramas você não vem, surge, misteriosa e portadora de si mesma e ao invés de “ir embora”, parte, com toda graça que de mulher que lhe impregna. Seu toque é como um fundo veludo que se traduz em uma fina firme forma feminina, e quando reluzes de alegria, penso até que debaixo da sua pele vive a lua.

Como disse no início, não achei todos os elogios que queria, e reconheço que tal tarefa seria impossível visto que a lista se tornaria interminável, pois as palavras brilham em sua graça inesgotável. Desta maneira, fico feliz apenas em despertar-lhe certa alegria, para que sorria seu sorriso que é tosse de ternura.


Obs.: o texto foi construído em cima de citações das obras de Vinicius de Moraes, Pablo Neruda, Cartola e Carlos Drummond deAndrade.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pequeno discurso sobre fidelidade

Eu, pessoalmente, nunca acreditei em uma fidelidade por si mesma, mas tenho que admitir que ela conta para as pessoas que me cercam. E percebo isso dolorosamente... através da dor do outro.
Toda fidelidade requer, por via de regra, uma traição - não se pode permanecer fiel a tudo ao mesmo tempo. Isso pressupõe que ao longo da vida ela se altera de acordo com os valores em diferentes níveis, quanto maior o nível de fidelidade a um certo valor, mais traições seriam cometidas tendo outros valores menos desenvolvidos como alvo.
Porém, ao admitir que esses sentimentos são dinâmicos, toda a estrutura na qual se baseia a fidelidade "cobrada" se torna frágil sem que exista uma moeda de troca, ou seja, algum outro sentimento, ou sentimentos, que alimente ou recrie o motivo da fidelidade ao longo do tempo.


(em breve apresentari a continuação deste texto e, como tira gosto, uma singela lista das coisas deleitáveis na opinião desse que vos escreve).

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pré Carnaval


Como estão os pré carnavais por ai? Aqui no Rio é sempre aquela velha e boa história, samba e bagunça pra todo lado. Tem gente que de tão animada resolveu pular do trio e ir direto pra muvuca, pena que não voltou mais, foi direto pro Miguel Couto e depois pro Caju, alguns falam até que virou santa, vai ser a padroeira do carnaval!
Ao mesmo tempo muita gente já começou a chorar, dizem que a quarta feira de cinzas está ficando cada vez mais próxima, e cada cerveja acaba ficando com um gostinho ainda mais especial.
Porém, a novidade mesmo é o avançadíssimo C.U. (Coletor Urinário) que consiste em um mísero saquinho plástico onde o folião pode, pela pequena bagatela de dois reais, realizar seu xixizinho sem se preocupar com as longas filas dos banheiros ou os longos cassetetes dos policiais surpreendentemente de plantão, ele ainda tem a opção de deixar o C.U. na lixeira ou jogar pro alto mesmo.
Ah! Esse povo carioca está sempre surpreendendo, adivinha qual é a fantasia da vez? Não, não é o Ronaldão nem o Kadafi... ainda, se bem que já estão especulando uma possível visitinha deles, é o Cisne Negro, claro! Que, na maioria das vezes, não passa de um negão porte de zagueiro de batom, meia calça e cilhos postiços, enfiado em um tchu-tchuzinho cor de rosa. Quero saber o que ele faz com o C.U.
E assim continua a farra dos ensaios, sempre anunciando a alegria maior que está por vir. Então que venha o Carnaval!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Milagre!!!

Caros amigos,

Estive fazendo compras para as festas de fim de ano quando me deparei com a seguinte cena:




Quero ver o Baptistinha falar que não acredita em milagres depois desta.

Por Bruno Lima